





Florinda Augusta de Souza, mais conhecida como MÃE FLORINDA, mulher de vida heroica, nasceu na cidade de Ribeirão Preto. Mas foi em Casa Branca, cidade situada no interior de São Paulo, que fez sua história e se mostrou uma grande guerreira.
Mãe de oito filhos, quarenta netos e muitos bisnetos, dentre de todos eles está seu neto, João Batista de Souza Filho, idealizador, fundador e presidente da “Obra Assistencial Mãe Florinda”. Mãe Florinda era cozinheira e muito solicitada para cozinhar na casa dos nobres de sua cidade, entretanto, encontrava tempo e disposição para ajudar o próximo.
Agraciada com o dom da benzedura, procurou em toda sua existência ser solícita aos que necessitavam, encarando por tradição e em resposta a necessidade da comunidade. Não cobrava pelos benzimentos, mas geralmente os que procuravam lhe davam alimentos e, ela por sua vez, grande e generosa, repassava para frente para os mais necessitados.
Quando procurada para benzer, fazia a benzedura sem considerar como uma dívida do outro para com ela e, dessa forma, sempre seguiu seu caminho em frente.
Usava seu dom divino tão somente para que se afastassem todos os males ou o mal específico que estivesse afligindo alguém. Utilizava seu poder de cura para aliviar e curar diversas dores e doenças, tais como: quebranto, cobreiro, mau-olhado, espinhela caída, erisipela, vento virado, fogo selvagem tiriça, hérnia e outros.
Tinha uma maneira peculiar de benzer. Nada estava nos livros ou qualquer outro lugar, seguia única e simplesmente sua intuição, pois vivia o que pregava e acreditava ser o certo.
Cada benzedor tem a sua própria forma de benzer porque a cada um foi dado um dom para curar. Um dom que se traduz na Fé, aprendida com seus antepassados e de onde aprenderam a ver o mundo que os cerca.
Rezadora, benzedora ou curadora, como chamavam a Mãe Florinda, estabelecia com a comunidade um sistema próprio de comunicação através de seus cantos, gestos, rezas e orações. Desta forma, refletia de maneira sábia e vigorosa, a mais pura expressão das classes mais ou menos carentes ou não da população.
Rezava terços antigos como ninguém. Dom que perdura por gerações na família Souza e, quando, desencarnou passou este dom para sua filha Sebastiana e assim sucessivamente. Este dom é seguido entre a família.
Não tinha hora e não media esforços, pois quando batiam em sua porta, prontamente, acolhia. Seguindo sua intuição, doava boas vibrações.
Dentre os feitos, Mãe Florinda pode se destacar também a presença dos grupos de samba, que tiveram início com Dona Florinda de Souza, a saudosa Mãe Florinda, nos anos de 1930, que desfilava com seu pessoal pelo centro da cidade. Esta senhora, considerada a fundadora do samba de Rua de Casa Branca, teve seu trabalho seguido por seu neto Rubens Leite (Rubão) e sua esposa Dona Felisarda e pelos bisnetos José Rubens e Eduvirges Leite. Na década de 1970, três escolas de samba animavam o nosso carnaval: a Leão da Colina liderada pelo senhor Isidoro Policarpo, a Império do Samba do Senhor Eduardo Bastos e a José do Patrocínio, tendo à frente o Tubaca.
Por ter sido uma mulher guerreira, benevolente, caridosa, dona de uma simpatia singular, Mãe Florinda foi homenageada pela cidade de Casa Branca, tendo uma rua com seu nome, Rua Florinda de Souza, 1-99 – Jardim Paulista – SP, 13700-000, Brasil.
Esta heroína sempre teve como premissa acolher, promover o bem-estar, garantir o direito à dignidade e à qualidade de vida das pessoas que a procuravam, pois ressaltava para todos de maneira simples como era a vida nos retorna o bem que fazemos como o espelho retorna nossa imagem.
Linha de pensamento: Quando pessoas entram em nossas vidas por uma “Estação” é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para a experiência da paz ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer. Acredite! É real! Mas somente por uma “Estação”.
Pare aqui e simplesmente SORRIA.
“Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro. Ame como se você nunca tivesse sido magoado. E dance como se ninguém estivesse te observando.”
“O maior risco da vida é não fazer NADA.”
(Martha Medeiros)
Mãe Florinda com comprometimento, solidariedade, respeito e amor proporcionava a todos que necessitavam o direito de alcançar todas as possibilidades de cura nesse momento tão difícil em que estavam vivenciando.
“A Obra Assistencial Mãe Florinda nasceu do sonho do Presidente João Batista de Souza Filho de perpetuar a caridade e amor aprendidos com sua avó, dona Florinda de Souza. Na infância, João Batista teve o privilégio de observar “Mãe Florinda” doar alimentos às pessoas carentes da região que vinham em busca de seu dom de benzedeira. A atitude altruísta da sua avó foi sua grande referência de vida e amor ao próximo.
Desde 1984, prestando a caridade ao próximo informalmente, João Batista fundou, em 1993, a Obra Assistencial Mãe Florinda, que evoluiu ao longo dos anos, proporcionando às famílias, além do necessário à sobrevivência, condições de uma vida socialmente mais digna, com acesso à saúde, valorização da educação e capacitação para o mercado de trabalho.
